O reitor da Universidade Rovuma (UniRovuma), Prof. Doutor Mário Jorge Brito dos Santos, renovou hoje o seu apelo para que a instituição se empenhe na procura de formas para incrementar o seu orçamento, reduzindo a sua dependência em relação às dotações do Estado.
Brito dos Santos pronunciava-se nas discussões em torno da proposta referente à Redistribuição do Orçamento de 2022, apresentada e aprovada pelo Conselho Universitário (COUR), que decorre de hoje até amanhã no Centro Cultural da UniRovuma, na Cidade de Nampula.
Uma das principais formas seria a realização de pesquisas robustas, as quais podiam atrair financiamentos, tanto internos quanto externos, o que constituiria um passo assinalável rumo a essa pretensão.
Brito dos Santos lançou um desafio ousado ao exortar que nos próximos cinco anos a Universidade deve produzir entre 60 a 65 por cento do seu orçamento, criando, dessa forma, uma certa independência em relação ao estatal.
Para o Prof. Brito dos Santos, tal verba resultaria de projectos robustos a serem desenhados pelos docentes e pesquisadores da UniRovuma.
“Os nossos doutores e mestres devem elaborar projectos que criem fundos para a nossa própria sustentabilidade”, vincou o reitor, adiantando que “não podemos continuar a espera do Orçamento do Estado, temos que produzir o nosso que nos ajude a realizar outras pesquisas”.
A Universidade tem capacidades intelectuais para que se atinja esse desiderato, bastando, apenas, o empenho dos docentes e pesquisadores, facto que levaria a reduzir a crónica dependência ao Estado moçambicano em termos orçamentais.
“Se continuarmos a lamentar por falta de orçamento que cubra as nossas necessidades, estaremos a disparar para o nosso próprio pé, uma vez que temos condições, pelo menos em termos de capital humano, para ultrapassarmos essa dependência”, adiantou.
Para além da discussão dos pontos constantes da agenda, o COUR assistiu a tomada de posse da nova membro, a dra. Rachida Aligy Ussen Mamade, indicada para este órgão pelo Governo Central.
